Indústrias alimentícias geram, diariamente, toneladas de resíduos em seus processos produtivos. Para controlar esse volume e fazer o correto descarte dos diferentes tipos de rejeitos, algumas práticas devem ser adotadas para preservar não só o meio ambiente, mas a própria empresa de riscos importantes.
Existem hoje dois tipos de rejeitos produzidos por esse setor: os efluentes biológicos e os resíduos sólidos. No primeiro grupo encontram-se os materiais descartados — usados, por exemplo, para fazer lavagens de piso, máquinas e materiais. Já no segundo grupo estão os restos de produtos, insumos, matérias orgânicas etc.
O fato é que ambos os tipos de sedimentos nas indústrias alimentícias devem receber o tratamento adequado, seja para descarte, seja para reaproveitamento. Quer entender melhor esse assunto? Então, continue lendo e confira 3 dicas essenciais para fazer esse serviço na área alimentar!
1. Trate os resíduos orgânicos
Em primeiro lugar, tanto os resíduos sólidos quanto os efluentes derivados do processamento de materiais orgânicos, limpeza e manutenção de máquinas têm tratamento.
A indústria pode fazer esse tratamento in loco, com uma estação de tratamento interna de efluentes. Assim, por meio de maquinário e agentes biológicos e físico-químicos, os poluentes são removidos, separando-se as partes líquidas das sólidas.
Para o tratamento específico de efluentes líquidos, com o mínimo de solidez, podem ser usadas bactérias e outros agentes que consomem essa matéria, eliminando-a. Pode-se ainda adotar o tratamento terceirizado em alguns casos, quando a indústria não pode realizar esse descarte internamente.
2. Transforme as sobras de alimentos em outros usos
Tratar as sobras de produtos na indústria de alimentos demanda processos diferentes, com métodos específicos. Restos, como alimentos fora do prazo ou pedaços descartados, por exemplo, entram nessa categoria residual.
Para esse grupo, a compostagem é o meio de descarte seguro. Seu objetivo, basicamente, é oferecer restos orgânicos processados para servirem de adubo para solo e plantas. Esse método de processamento ocorre em três etapas seguidas:
- mesofílica — micro-organismos agem nos restos metabolizando os seus nutrientes, sob temperatura de cerca de 40 ºC, por até 15 dias;
- termofílica — bactérias agem nos rejeitos, sob altas temperaturas e por períodos de até dois meses;
- maturação — diminui-se o volume de bactérias em ação nos rejeitos e, lentamente, gera-se um composto chamado húmus, que serve de adubo para plantas e solos orgânicos.
3. Entenda quais são os critérios de compostagem
Para gestores e diretores de fábricas da indústria de alimentos, é essencial entender melhor os procedimentos e critérios da compostagem. Até porque esses profissionais também devem lidar com questões ambientais, e saber quais são as leis e processos a que a empresa está submetida.
A correta gestão e descarte de sobras está sob jurisdição do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Todas as normas e procedimentos para o processamento de rejeitos está estabelecido pelo conselho. Assim, com o entendimento das leis desse órgão, os gestores e demais profissionais envolvidos no processamento de rejeitos poderão tomar as medidas ideais para processar os restos.
Como parte das consequências da não realização de operações corretas para com seus resíduos, as indústrias podem sofrer multas e processos por crimes ambientais, capazes de ser muito onerosos à empresa financeiramente.
Além disso, a imagem da companhia perante o mercado — e, principalmente, perante os clientes — fica bem prejudicada. Afinal, hoje em dia os clientes e consumidores finais se preocupam muito com esse tipo de questão, ficando insatisfeitos e desconfiados da conduta das indústrias.
Enfim, como vimos aqui, as indústrias alimentícias que fazem o correto processamento dos seus resíduos preservam não apenas o meio ambiente, mas também a sua própria permanência no mercado. E isso gera uma chance maior de investimentos e expansão da companhia. Pense nisso!
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