Donos de empresas devem fornecer para seus colaboradores equipamentos de proteção individual, desenhados especificamente para reduzir o risco de acidentes nas funções executadas por eles no dia a dia. Além de conhecer os diretos e deveres em relação a EPIs para indústria alimentícia, as tarefas de Segurança do Trabalho em uma empresa são facilitadas quando se sabe quais EPIs precisam obrigatoriamente estar presentes ali.
No artigo de hoje, mostramos para você quais equipamentos de proteção são mais usados na indústria alimentícia, como eles protegem os colaboradores e o que você precisa saber antes de adquirir. Confira!
Luvas de proteção
Boa parte das tarefas na indústria alimentícia exigem que os colaboradores utilizem as mãos, seja para operar máquinas ou lidar com produtos que serão consumidos pelos clientes. Por isso, as luvas de proteção são o EPI mais comum nesse mercado, sendo utilizadas tanto por quem prepara as misturas de alimentos quanto por aqueles que as separam para venda ou realizam o controle de qualidade delas.
As luvas além de protegerem as mãos dos trabalhadores que lidam com materiais cortantes e perfurantes, também evitam a contaminação cruzada, que oferece grandes riscos à saúde de quem consome alimentos. Queimaduras, reações alérgicas, riscos biológicos e físicos são todos contornados com o uso desse equipamento de proteção individual.
Há múltiplos modelos disponíveis no mercado e cada um atende melhor às necessidades específicas de um setor. Em alguns casos, trabalhadores precisarão ter mais de um par delas para lidar com demandas diferentes.
As luvas resistentes ao corte, por exemplo, conseguem evitar acidentes com facas e lâminas, mas não são adequadas para oferecer isolamento químico, caso em que as luvas nitrílicas funcionam melhor. Por isso, ao cortar alimentos um funcionário terá que usar a primeira, mas ao embalá-los precisará da segunda.
Consulte um técnico em Segurança do Trabalho. Ele ajudará você a mapear as áreas de risco, identificar quais são as ameaças que seus colaboradores enfrentam todos os dias e apontará que tipos de luvas são necessários para protegê-los.
Vestimentas especiais
Além das luvas, outras vestimentas entram na nossa lista, como as botas de segurança. Neste tópico, porém, queremos falar de vestimentas especiais feitas para prover ao usuário proteção térmica. Elas são utilizadas em setores de congelados dos supermercados, da indústria frigorífica e precisam estar presentes no kit de EPI de todos os funcionários que trabalham em câmaras frias.
Existem vários modelos de vestimentas de proteção térmica, que podem ou não cobrir todo o corpo do usuário e devem ser adquiridas considerando tanto o tamanho quanto a função da pessoa que as vestirá. Como acontece com qualquer outro EPI, o conforto no uso das vestimentas de proteção é fundamental e elas não podem impedir a movimentação do funcionário para não colocá-lo em risco nesses ambientes de baixa temperatura.
Japonas, calças, capuzes e meias para ambientes frios são alguns dos itens mais comuns na lista de vestimentas de proteção térmica para indústria alimentícia.
Protetor auricular
Embora a indústria alimentícia tenha muitas particularidades, há algo que ela compartilha com todas as outras indústrias: altos níveis de ruído no ambiente de trabalho. A operação de máquinas de grande porte, alta circulação de pessoas e movimentação de cargas pode gerar níveis de ruído mais altos do que os recomendados para a saúde humana e, por causa disso, se faz necessário disponibilizar para os funcionários protetores auriculares capazes de impedir que os sons tenham impacto no colaborador a longo prazo.
O principal problema que pode ser acarretado pela ausência desse equipamento de proteção individual é a perda parcial ou completa da audição. Por se tratar se um problema progressivo e que acontece depois de muitos anos submetido a um nível alto de ruído, é preciso estar atento para garantir que os colaboradores não só possuam esse EPI, mas façam uso dele no dia a dia.
Há muitos modelos de protetor auricular, desde aqueles que são inseridos no canal auditivo até os que parecem uma concha. Todos eles têm especificações referentes à quantidade de decibéis que conseguem abafar. Portanto, se você é responsável pela gestão de compra de EPI, fique atento às embalagens e converse com o seu fornecedor de EPI para encontrar aquele que melhor se adequará à planta da sua fábrica.
Respiradores
Muitos processos na indústria alimentícia fazem com que a qualidade do ar respirado pelos colaboradores cause dano a saúde. O contato com partículas de alimentos, respingos, químicos e gases na indústria é constante e o suficiente para prejudicar a saúde olfativa do colaborador a longo prazo, bem como contaminar os pulmões e levar a infecções graves. Por isso, os respiradores também devem integrar o kit de EPI distribuído para os colaboradores.
O ideal é que sejam oferecidos respiradores com filtro, capazes de isolar as partículas prejudiciais à saúde e maximizar a qualidade do ar obtido cada vez que o colaborador respira. É preciso também sinalizar as áreas da indústria em que o uso de respiradores é obrigatório, já que muitas vezes os funcionários deixam de utilizar esse equipamento porque não percebem nenhum incômodo no ar em que respiram.
Se o seu técnico de Segurança do Trabalho recomendar o uso de algum tipo de máscara (para evitar respingos e outros problemas comuns), considere adquirir máscaras que contêm os próprios respiradores. Elas oferecerão mais conforto para o seu colaborador e serão mais fáceis de utilizar.
Botas de segurança
Por último, não podemos nos esquecer das botas. Os calçados de segurança não oferecem somente proteção para os pés em relação a objetos pesados, cortantes ou perfurantes que podem cair sobre eles. Esses calçados servem também para garantir o conforto durante a locomoção dentro da planta e garantem que o seu colaborador não sofrerá quedas nem perda da mobilidade.
É muito comum na indústria alimentícia que existam áreas da fábrica com chão molhado ou que não podem ser contaminadas por nenhum elemento externo. Trocar os sapatos ao chegar no ambiente de trabalho pelas botas de proteção ajuda a evitar essa contaminação e os solados especiais dos calçados de EPI evitam que o colaborador perca o equilíbrio mesmo em áreas molhadas.
O modelo mais comum na indústria alimentícia são as botas de Policloreto de Vinila, também conhecidas como botas de PVC. Além de oferecer toda a proteção que mencionamos aqui, elas são confortáveis, leves, fáceis de higienizar e garantem uma excelente durabilidade.
Para se certificar de que os EPIs da sua empresa terão o efeito desejado, não é preciso apenas se atentar àqueles que você compra. Fazer o armazenamento de EPI da maneira correta vai garantir maior durabilidade para eles e mais segurança para a sua equipe. Portanto, fique atento a como limpa e guarda os equipamentos de proteção individual para aumentar a vida útil deles.
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