Por muitos anos, a indústria alimentícia não foi questionada sobre o seu impacto na saúde das pessoas. Com isso, produtos com baixíssimo valor nutricional, cheios de conservantes e outras substâncias maléficas para o corpo humano foram consumidos por longo tempo, não apenas por adultos, mas por crianças também. No entanto, cada vez mais, a sociedade vem se conscientizando sobre a importância de bons ingredientes e exigindo a redução de açúcar nos alimentos.
É importante dizer que o problema em si não é o açúcar, afinal de contas, ele está presente até mesmo nos alimentos naturais e saudáveis, como as frutas. No entanto, o consumo exagerado de açúcar refinado, que está contido nos pães, em bolos e nas bolachas, por exemplo, contribui para o surgimento de doenças muito sérias, como diabetes e, até mesmo, a obesidade.
Hoje, médicos e pesquisadores sabem dos impactos que o consumo excessivo de açúcar pode causar no corpo de uma pessoa. Levando isso em consideração, não é por acaso que o próprio governo brasileiro firmou um pacto com a indústria alimentícia para promover a redução de açúcar nos alimentos que são produzidos. Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura deste post!
Por que diminuir o açúcar na produção de alimentos?
Uma vida saudável e equilibrada permite o consumo de ingredientes pouco nutritivos de vez em quando, como é o caso do açúcar. Claro que não podemos nos esquecer de que esse ingrediente também tem alguns pontos positivos, como o fato de fornecer glicose ao organismo – substância importante para o funcionamento do cérebro, por exemplo.
Mesmo assim, isso não significa que, todos os dias, é preciso consumir guloseimas que adoramos, como balas, sorvetes, bolos e bolachas, com o intuito de fornecer ao organismo a glicose necessária. Isso porque, como já mencionado, essa substância também está presente em outros alimentos mais saudáveis que um bolo, como é o caso das frutas e das massas.
O excesso de glicose no corpo pode desencadear quadros de obesidade, diabetes, problemas cardíacos e cáries nos dentes, prejudicando o sistema imunológico, aumentando as inflamações no corpo e, até mesmo, acentuando o envelhecimento precoce.
Então, com tantos problemas relacionados ao consumo excessivo de açúcar, como saber se a quantidade que você ingere, em média, todos os dias está de acordo com uma vida saudável? Cada indivíduo e cada organismo têm necessidades diferentes, por isso, o melhor é consultar um nutrólogo ou um nutricionista para avaliar do que cada um precisa.
Qual é a importância de se discutir o tema?
Hoje, o acesso à informação é mais simples do que no passado, seja por conta da internet, seja pela maior quantidade de pessoas que têm a chance de frequentar as variadas etapas do ensino — ou mesmo por conta dos meios de comunicação em geral.
Com isso, há uma busca maior também por conteúdos que ajudem na vida prática, deixando o público em geral mais exigente quanto a tudo o que consome, seja informação, seja alimentação.
Seguindo essa tendência, a indústria alimentícia e também os órgãos de saúde perceberam nos últimos tempos as novas demandas da sociedade, que está cada vez mais informada sobre os malefícios de certos ingredientes e os benefícios de outros.
A questão do uso ou não do açúcar se tornou de interesse público e não é por acaso que o tema deixou de ser discutido apenas entre médicos e pesquisadores, passando a ser pauta na sociedade também, que espera respostas efetivas da indústria alimentícia.
Quais as indústrias impactadas?
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil figura entre alguns países, como os Estados Unidos e a China, como um dos maiores consumidores de açúcar em todo o mundo. Mas figurar entre as principais posições em um ranking como esse, infelizmente, não é motivo de orgulho e nem deve ser comemorado.
Seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), 10% das calorias diárias que consumimos deveriam vir do açúcar. Já a média diária que o brasileiro consome é de 16,3%, bem acima do que é recomendado pelos especialistas da saúde.
Entre as indústrias mais impactadas com essa nova demanda de produtos com menos açúcar e que precisam se adequar às novas exigências dos consumidores, estão aquelas que produzem refrigerantes, doces, chocolates e bolachas. Para exemplificar melhor, alguns dos alimentos presentes diariamente nas mesas brasileiras e que têm alta concentração de açúcar são os cereais de milho, refrigerantes, bebidas do tipo néctar (que as pessoas pensam que são sucos), suco em pó, bolachas e bolos.
Quais os desafios do setor?
Ao ler o rótulo de um alimento industrializado ou processado, pode ser que você não encontre o nome “açúcar”. Mas o ingrediente pode estar presente naquela embalagem e, na descrição, aparecer com outro nome, como glucose de milho, frutose, sacarose, xarope de milho, maltodesxtrina, xarope de malte, entre tantos outros.
Essa substância não confere apenas sabor doce aos alimentos, mas também ajuda na textura, no aroma, na coloração e na preservação. Ou seja, ao diminuir a sua quantidade, a indústria tem a missão de encontrar alternativas saudáveis que não comprometam o sabor dos alimentos e que também preservem essas outras características, que são atrativas para os consumidores.
No entanto, um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo é a obesidade – relacionada ao consumo excessivo de açúcar, que não significa apenas o aumento do peso, mas uma série de complicações que acabam com a qualidade de vida de uma pessoa.
O que está sendo feito?
No Brasil, o Ministério da Saúde assinou, em meados de 2018, um acordo com as indústrias de 5 categorias de alimentos para diminuir o uso do açúcar até 2022. A meta proposta é de que sejam reduzidas 144 mil toneladas desse componente na produção.
O acordo vai impactar a produção de bolachas recheadas, bolos, bebidas açucaradas, achocolatados e também produtos lácteos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, uma lata de refrigerante contém cerca de 40 gramas de açúcar, sendo que a ingestão diária recomendada desse carboidrato em uma dieta de 2000 calorias é entre 25 e 50 gramas.
Como você viu, ainda há muito que ser feito, mas os primeiros passos para a redução do açúcar nos alimentos já vêm sendo dados e é importante que os consumidores se conscientizem e cobrem das indústrias alimentos de melhor qualidade nutricional. Assim, veremos, em longo prazo, a diminuição da incidência de doenças crônicas e de problemas hepáticos na sociedade.
E você, já sabia de todas essas informações sobre a redução de açúcar nos alimentos? Aproveite para assinar a nossa newsletter e receber, em primeira mão, os próximos conteúdos!