Você, com certeza, já notou que a procura por itens alimentícios considerados saudáveis é uma crescente no Brasil. Sem dúvida, essa tendência está relacionada com o contexto sociocultural de busca por produtos menos industrializados e melhor qualidade de vida — ou, em alguns casos, do desejo por um retorno às raízes.
Para a indústria de alimentos, a mudança nos hábitos de consumo representa uma grande oportunidade de ampliar o portfólio. Sendo assim, é fundamental ficar a par do mercado de alimentação saudável. Contudo, é preciso também garantir a entrega de opções nutritivas e fáceis de preparar, a fim de promover a segurança alimentar e o bem-estar dos consumidores, que não abrem mão de pratos saborosos.
Neste post, vamos apresentar os principais números do mercado de alimentação saudável. Eles relevam as tendências no comportamento de consumo dos brasileiros, inclusive no período de pandemia.
Acompanhe!
Quais são os dados sobre o mercado de alimentação saudável?
Produtos mais frescos e nutricionalmente ricos são cada vez mais procurados nas prateleiras dos supermercados. Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com três mil pessoas maiores de 16 anos, em 12 regiões metropolitanas do Brasil, aponta que 80% dos brasileiros buscam por uma alimentação saudável.
Inclusive, 71% preferem os alimentos mais saudáveis. Contudo, o desafio da indústria é produzir itens que, ao mesmo tempo, agradem ao paladar dos consumidores. Entre as opções mais saborosas e as saudáveis, 61% disseram escolher as primeiras. Ainda, 52% dos entrevistados informaram que a comida saudável é “muito sem gosto”.
Afinal de contas, como saber se um alimento é, de fato, saudável? Onde os consumidores buscam por esse tipo de informação? De acordo com a pesquisa da Fiesp, 40% consultam a internet, enquanto 24% se informam pela televisão e 18% procuram a orientação de médicos e nutricionistas.
A busca por informações a respeito de alimentos mais nutritivos e saudáveis é uma tendência que precisa ser observada pela indústria alimentícia. Isso porque, cada vez mais, aumenta a exigência por itens de qualidade e que trazem todos os ingredientes e dados nutricionais em suas embalagens.
O consumidor também está mais atento às práticas de produção adotadas tanto no campo como nas indústrias. Prova disso é que 20% dos brasileiros observam se os produtos demandaram baixo índice de agrotóxicos durante o processo produtivo. Aliás, vale destacar que a oferta de itens livres de qualquer tipo de insumo artificial — os alimentos orgânicos — cresce cada vez mais.
Qual comportamento de consumo tem se observado durante a pandemia?
Comida fresca e caseira é a preferência dos brasileiros durante a pandemia, segundo o estudo NutriNet Brasil, feito com 10 mil pessoas. No período, houve aumento no consumo de hortaliças, feijão e frutas — de 40,2% para 44,6%. O fato de cozinhar mais em casa aliado à preocupação com uma alimentação melhor explica o resultado.
Vale destacar que alimentos in natura ou pouco processados, por serem ricos em vitaminas e minerais, fortalecem o sistema imunológico. Entretanto, no Norte e Nordeste houve aumento no consumo de produtos ultraprocessados — refrigerantes, bolachas e salgadinhos, por exemplo —, os quais favorecem o surgimento de doenças como diabetes, obesidade e hipertensão.
O mesmo comportamento de consumo foi observado entre indivíduos com nível de escolaridade mais baixo. Portanto, a pesquisa sugere que a condição financeira e social interfere nos hábitos alimentares dos consumidores, sendo necessário um trabalho de educação alimentar para mudar tal realidade.
Então, o que achou dos dados sobre o mercado de alimentação saudável? Em um futuro não muito distante, é provável que a grande procura por produtos nutricionalmente mais ricos motive a alta nos preços, que poderão ser superiores aos de opções consideradas não saudáveis. Esse é um movimento importante a ser observado pelas indústrias para que as necessidades dos seus consumidores sejam sempre atendidas.
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