O planejamento da embalagem do produto deve ser feito para minimizar perdas e apresentar os benefícios do fabricante aos consumidores. Por esse motivo, nada melhor do que padronizar embalagens com informações acerca do produto e sua origem, e usar o código de barras é fundamental nesse sentido.
Desde a sua criação à sua impressão em uma embalagem, o código de barras guarda informações importantes, tanto para indústrias quanto clientes finais. Posicionar essa marca de forma adequada nas embalagens vai além de melhorar sua exposição.
Saiba neste artigo o que é o código de barras, assim como suas funções e vantagens para a cadeia de abastecimento!
O que é o código de barras?
O código de barras é um sistema criado para identificar produtos em qualquer local que faça parte de sua rede de circulação.
De modo simples, é a identificação de um produto por meio de um número serial e barras paralelas únicas. Esse código contém informações detalhadas acerca do produto, que são lidas por um scanner e decodificadas por um software próprio para esse sistema codificado.
O código mais comum empregado em produtos comerciais produzidos para o varejo é composto por 13 números, tecnicamente chamado de EAN 13.
As informações que o código serial padrão EAN 13 disponibiliza sobre o produto são:
- quem é o fabricante;
- qual é o país de origem;
- a descrição do produto — com peso, largura, altura, cor e também data de fabricação e validade quando há essas opções.
Para cada modelo de produto há um código de barras específico. Por exemplo, um copo de vidro de tamanho X e cor Y terá o mesmo código para toda a linha que seguir o padrão tamanho X e cor Y.
A utilização do código pode ser feita diretamente na embalagem do produto, como em uma etiqueta colada a ele, a qual foi feita especificamente para esse sistema.
Qual é a importância de usar o código de barras nos produtos?
O código de barras é a forma industrial de centralizar informações importantes sobre o produto, a fim de facilitar o acesso a todos que fazem parte da cadeia na qual ele está inserido.
Desse modo, fabricantes, transportadores, distribuidores, comerciantes e consumidores têm alcance às mesmas informações, usando o mesmo código. Além disso, a padronização serve para o rastreio e controle do produto, principalmente em estoque e venda.
Fora essas facilidades que o código de barras proporciona, ele também automatiza, agiliza processos e reduz erros de identificação. Uma vez que os dados de um produto estejam em seu código de barras, basta aproximá-lo de um scanner próprio para a leitura que as informações serão transmitidas ao sistema.
Quais são os códigos de barras usados no mercado?
O modelo sequencial de códigos empregados no mundo é o Global Trade Item Number (GTIN), em português, Número Global de Item Comercial.
Esse padrão global é usado para qualquer produto que seja produzido por encomenda, precificado e faturado.
Conheça os tipos de códigos de barras com modelos sequenciais estabelecidos dentro do GTIN.
EAN/UPC
Para leitura em PDVs (Pontos de Vendas), o código conta com oito a treze números, disponibiliza dados básicos como fabricante, país de origem e características do produto.
GS1 DataBar
Para leitura em fabricantes, distribuidores e estoques de comércios. Tem menos de 13 números e armazena muitos dados, principalmente lote, número de série e prazo de validade. Adequado para alimentos perecíveis.
GS1-128
Utilizado para toda a cadeia logística e setor de saúde, abrange dados completos e integrados para rastreio global. Lote de produção, medidas e validade estão entre os dados que esse código reserva, mas não é lido por sistemas de PDV.
ITF-14
Esse código é adequado para materiais que não garantem alta qualidade na impressão, como papelão e isopor. Indicado para estoque e transporte, não é lido em pontos de venda.
GS1 DataMatrix
É impresso por impressoras a tinta ou a laser, resultando em um código bidimensional, feito para superfícies pequenas e de formatos variados. Exige um leitor com câmera para ser acessado.
GS1 QR Code
É o popular QR Code, impresso em duas dimensões e tem mais de quatro mil caracteres, que gravam diversas informações sobre o produto.
É lido por câmeras de celulares e outros equipamentos, e é usado para o marketing dos produtos. Oferece interatividade com sistemas feitos pelo fabricante, distribuidor, varejistas entre outros ligados à venda do produto.
Como usar o código de barras de forma adequada?
O modo como o código de barras é usado na embalagem do produto define o sucesso do uso desse recurso logístico. Portanto, para cada produto há um planejamento de soluções diferentes.
Escolha o posicionamento ideal
A escolha do lugar em que o código de barras deve ficar é de suma importância para que ele seja visualizado e acessado facilmente.
De preferência, os melhores espaços são os planos, para garantir que a impressão fique sem falhas e reta. Essa etapa deve ser analisada levando em conta aspectos como funcionalidade, design, qualidade e tamanho, e também é importante fazer o uso de etiquetas quando necessário.
Invista em uma impressão de qualidade
Entre diferentes tipos de impressões há a offset, térmica e a laser, por isso, deve-se saber antes de fazer o serviço qual é a melhor solução para o produto.
Dessa forma, se o fabricante do produto é quem fará a impressão, ele deve zelar por um equipamento de alta resolução. Assim como também é necessário contar com um profissional interno qualificado para ajustar o código da melhor forma.
Agora, se o processo for terceirizado, escolher empresas reconhecidas e com máquinas e profissionais experientes é de suma importância para não comprometer uma linha de produtos.
Defina o ambiente primário para a leitura do código
A escolha do local primário para que a leitura do código seja feita está ligada a quais etapas ele passará até ser consumido.
As embalagens são divididas em primárias, secundárias e terciárias. Portanto, se um produto é embalado até o terceiro nível, é nessa camada que deve ficar o código com as informações úteis aos profissionais que vão acessá-las.
Tenha um plano de qualidade
Assim como um produto passa por testes desde seu primeiro exemplar até ser aprovado, um código deve ter seu planejamento e ser testado.
Antes de aplicar um código em um produto em linha de produção, deve-se fazer um teste para checar se o número e as barras saíram como o desejado. Essa prova serve como parâmetro para certificar que tanto a impressão quanto a leitura estão fiéis ao projeto.
Como adotar o código de barras na empresa?
Para implementar o código de barras na empresa, a companhia deve realizar alguns passos.
O primeiro é entrar em contato com uma empresa que faça o serviço de registro, autorização e emissão do código de barras para a indústria. No Brasil, esse serviço é feito pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, que emite e certifica os códigos no país.
Para o uso dos códigos, paga-se uma taxa anual, definida de acordo com a receita da empresa e a quantidade de produtos que o fabricante, distribuidor e comércio trabalham.
Com o código aprovado e emitido para a companhia usá-lo, chega a etapa de adequação de embalagens para receber o sistema. Cabe aqui uma reestruturação do design da embalagem em alguns casos, que exige um espaço adequado para a impressão do código.
Além do código e de como ele será impresso — no produto ou em etiqueta —, e como será seu aspecto, o tipo de leitor usado para verificá-lo também deve ser avaliado. O aparelho determina a forma, tamanho e locais em que a impressão será feita.
É importante também reforçar que a cor dos códigos impressos é sempre escura, geralmente preta. Essa é a cor que deve ser preferencialmente adotada, pois reduz as chances de sair com falhas e facilita a leitura dos números pelo olho humano. Assim, caso uma barra não seja impressa, a numeração poderá ser lida e digitada no aparelho.
Saber posicionar o código de barras na embalagem do produto, assim como garantir a sua impressão em alta qualidade são práticas necessárias na indústria. Esse recurso otimiza processos e garante muito mais segurança em operações de toda a cadeia.
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