A segurança alimentar deve fazer parte de todas as etapas do processo que vai desde a produção, passando pelo transporte e venda no mercado varejista, chegando ao consumidor final. Um desafio ainda maior para profissionais da indústria, que são os primeiros desse ciclo, é garantir a integridade dos alimentos frescos, que precisam ser armazenados em embalagens apropriadas, com a temperatura e umidade adequadas, por exemplo.
Os alimentos frescos, como carne, leite, iogurtes e laticínios, entre outros, são pontos delicados quando o assunto é segurança. Essa categoria não pode passar por variações de temperatura e precisa de cuidados específicos na armazenagem, tudo para garantir a segurança e máxima qualidade no momento em que os alimentos chegarem à mesa do consumidor.
Mas como oferecer toda essa segurança e ainda garantir que o sabor do alimento sempre seja o melhor para o paladar dos consumidores? Abaixo, listamos algumas dicas que poderão ajudar nesse processo. Confira!
Utilize produtos permitidos por lei para manter os alimentos frescos
Dentro de cada categoria de alimento há o uso de produtos adequados e permitidos pela legislação do setor para mantê-los seguros. Alimentos secos exigem diferentes conservantes e substâncias em relação aos alimentos congelados, por exemplo.
Seguir estritamente cada regra alimentar do setor, no que se refere à conservação de alimentos frescos, vai garantir que eles sempre estejam bons, tanto para o manuseio quanto para o consumo.
Aposte no sal, quando possível
Salgar certos tipos de alimentos é umas das maneiras mais antigas de se conservar alimentos frescos. E apesar de que hoje temos recursos como refrigeradores e freezers, ingredientes como o bacalhau e muitas carnes ainda são preservados seguindo esse processo que é eficiente e pode ser usado com peixes, carnes e mesmo alguns vegetais.
Ao adicionar sal nos alimentos, será iniciado um processo de desidratação, ou seja, não terá mais concentração de água nesses ingredientes. Com isso, alguns micro-organismos que são perigosos e se reproduzem nos alimentos frescos não conseguirão sobreviver por conta da falta de água. Claro que não dá para usar o sal em tudo com a intenção de conservar os alimentos, mas em muitos casos essa substância tão simples pode ajudar de maneira efetiva.
Enlatar também é uma opção
Colocar os alimentos em latas ainda é uma forma bastante comum para mantê-los seguros para o consumo que não seja imediato. Vegetais, carnes e até mesmo peixes como a sardinha e o atum são alguns dos alimentos mais encontrados nessa versão de conservação.
As latas são esterilizadas, ou seja, não há riscos de contaminações por micro-organismos. Além do mais, os alimentos conservados nessas embalagens não têm contato com o ar, o que significa a não proliferação de germes. Graças ao fechamento seguro da embalagem, os alimentos ali armazenados não passam pelo rápido processo de oxidação, por isso que se mantêm próprios para o consumo mesmo depois de muitos meses armazenados.
Pasteurizar vai muito além do leite
Normalmente, quando falamos na técnica de pasteurização, é muito comum que ela seja associada ao leite. No entanto, esse tipo de conservação também pode e deve ser usado para uma incrível variedade de alimentos, tais como laticínios, conservas, molhos, sucos, geleias e, até mesmo, cervejas.
Durante o processo de pasteurização, os alimentos passam por aquecimento a uma temperatura máxima de 100 graus, que serve para matar micro-organismos, por exemplo. Depois disso, o contrário é feito e os alimentos devem ser refrigerados. A técnica foi desenvolvida por um francês há mais de 200 anos e ainda hoje é muito usada na indústria de alimentos.
Opte por estratégias de segurança para o transporte
Alguns recursos são necessários para o transporte seguro de produtos, principalmente quando as distâncias e condições são adversas. Por exemplo, o uso de gelo seco em baús de caminhões equilibra a temperatura interna do compartimento.
Isso permite que o material seja usado de acordo com a quantidade e o tipo de carga, para que se preserve ao máximo a segurança de alimentos. Afinal, os produtos não podem sofrer variações de temperatura, pois podem ser contaminados por bactérias que se aproveitam dessa mudança.
Reformule o estoque para esse tipo de alimento
O estoque dedicado aos alimentos frescos precisa ser organizado de forma que eles não estraguem e nem tenham a data de validade ultrapassada. Além disso, a temperatura controlada, a quantidade e a entrada e saída de alimentos devem ser minuciosamente monitoradas, para evitar falhas que atinjam a qualidade final do alimento.
Técnicas simples de estoque, como o sistema FIFO (em inglês, First in, First out) — que, no Brasil, é chamado de PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) —, evitam que os alimentos estraguem ainda dentro do estoque.
Use um software de gestão
O uso de um software de gestão é tão importante quanto qualquer mecanismo de controle manual de estoque e do uso de planilhas físicas que monitoram o ambiente. A automatização de processos demorados elimina a margem de erro existente no trabalho humano de controle de estoque, temperatura etc.
Por meio de um ERP, como é chamado um programa de gestão, é possível checar desde números robustos aos mais detalhados. Por exemplo, a quantidade total de alimentos de categoria X e a data de validade do lote Y de um tipo de carne.
Entregar alimentos frescos em segurança ao consumidor final é um sinal de que todos os processos da indústria foram feitos com excelência. Essa é uma premissa que deve ser aplicada nessa categoria alimentar e em qualquer outra que necessite de ações preventivas eficazes.
Lembre-se de que cada tipo de alimento tem características próprias que devem ser preservadas, seja qual for o método de conservação escolhido. Por exemplo, quando o consumidor compra um peixe enlatado, ele ainda quer sentir uma carne delicada e macia, mesmo que o alimento não seja fresco.
Ou seja, esteja atento para não comprometer características importantes dos alimentos, como a textura e, claro, o seu sabor. Prestando atenção a esses detalhes, certamente você conseguira oferecer a qualidade que os seus consumidores estão procurando.
Seguir essas dicas de segurança para alimentos frescos é fundamental para que o seu negócio consiga se desenvolver em um mercado tão competitivo. Hoje, as pessoas têm à disposição inúmeras possibilidades de fornecedores e com certeza vão escolher aqueles que aliam preços competitivos e, claro, produtos com alto nível de qualidade.
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